Lição 05 - Justificados por Cristo



Texto Áureo: Lança o teu cuidado sobre o Senhor, e ele te susterá; não permitirá que o justo seja abalado - Salmo 55.22

Texto Bíblico Básico: Romanos 5.1,2, 6-11; Salmo 92.12-15








QUEM PODE SER CONSIDERADO JUSTO?

 A justificação pela “Fé” esta ligada à importantíssima questão de saber “como o homem pode ser justo para com Deus?” Por três vezes tal pergunta é feita no livro de Jó (4.17;9.2;25.4;cp.15.14). E a primeira vez que encontramos a resposta de como o homem pode alcançar sua justificação pela “fé” ou a primeira dica para o homem de como resolver esse problema encontra-se em (Gn 15:6) – E creu ele no Senhor, e imputou-lhe isto por justiça. Pois então se fala da “justiça” e da “crença”. A palavra de Deus veio a Abraão, porque foi grande a confiança deste, sendo a justiça a consequência. Essa passagem é, em alguns casos, a chave para diversas referências encontrada em outros lugares da Bíblia com respeito à justiça e à Fé. A mesma ideia da justificação pela confiança em Deus se apresenta em Salmos 32:1– "Bem aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto". "Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano. E (Habacuque 2:4) – "Eis que a sua alma está orgulhosa, não é reta nele; mas o justo pela sua fé viverá" No entanto, a justificação pela “Fé” se exibe de um modo mais claro nas paginas do Novo Testamento. 

A justificação diz particularmente respeito à nossa verdadeira relação com Deus. Essa verdadeira comunhão com Deus foi comprometida pelo pecado, do que resultam a culpa, a condenação e a separação. Justificação é o ressurgimento dessa comunhão, sendo removida a condenação pelo perdão, a culpa pela justiça, e a separação pela boa vontade de mudar de vida. Justificação significa realmente a reintegração do ser humano na sua verdadeira relação com Deus. É então considerado justo, aceito perante Deus como reto, sendo, portanto, restaurado à sua posição original. Desse modo, a justificação é muito mais do que o perdão, embora o perdão seja necessariamente uma parte da justificação. As duas idéias aparecem distintas em Atos 13:38,39– "Seja-vos, pois, notório, homens irmãos, que por este se vos anuncia a remissão dos pecados. E de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser justificados, por ele é justificado todo aquele que crê". O perdão é apenas concedido para ser removida a condenação, ao passo que justificação traz a remoção da culpa e a concessão das boas relações com Deus. O perdão é apenas um ato de misericórdia divina, repetindo-se sucessivamente por toda nossa vida Cristã. A justificação é completa, nunca e repetida, e abrange o passado, o presente e o futuro da nossa vida.  

A justificação também deve ser distinguida da santificação, que geralmente é compreendida com o significado “de ser feito santo”. Ainda que a justificação e a santificação sejam estados inseparáveis na experiência da vida cristã, devem, contudo, distinguir-se claramente no pensamento. A justificação diz respeito à nossa situação espiritual; e a santificação, à nossa condição espiritual. Aquela esta relacionada ao nosso estado para com Deus, e esta, ao “Amor” que lhe devemos. Uma trata da nossa aceitação; a outra, da nossa qualidade de aceitáveis. Uma é o fundamento da paz, Cristo por nós; a outra o fundamento da nossa pureza, Cristo em nós. A base da nossa justificação é a obra redentora de nosso Senhor Jesus Cristo, “Aquele que não conheceu o pecado, ele o fez pecado por nós, para nele sermos feitos justiça de Deus” (II Co 5:21).  O ser humano procura continuamente estabelecer sua própria justiça, mas o mau êxito tem sido o resultado em todos os tempos, pois é manifesta sua incapacidade tanto para apagar o passado como para garantir o futuro. “Pela fé sois salvos e isto não vem de obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2:8); "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus". (Ef 2:9). A confiança faz sempre supor que dependemos de alguém superior a nós; é o reconhecimento da nossa própria incapacidade e o poder de algum outro ser que é Jesus Cristo. A Fé une-nos a Cristo, e essa união é a única reposta que se pode dar à revelação de Deus. É a renuncia de nós próprios e a crença no salvador. Descansemos nosso coração em Jesus e aceitamos sua perfeita justiça.

A DOUTRINA DA JUSTIFICAÇÃO

Como pode o pecador ser justificado perante Deus? Não há verdadeira paz ou alegria enquanto nossa consciência nos acusar de pecado. Para esclarecer questão de tão grande inportância, veremos qual é o fundamento geral da doutrina da justificação, o que é justificação, quais são os justificados e em que termos eles são justificados. E por fim, quais são as obras da fé.


• Romanos 5:1-11: Deus providencia o meio de pagar nossa dívida em relação a Ele, pelo sacrifício de Jesus Cristo. Aceitar, crer, receber, apropriar-se dessa misericórdia de Deus, é ter fé. E somente pela fé podemos ser justificados.


• Efésios 2:1-10: Estávamos condenados a morte, ao tormento e à escravidão do pecado. Deus nos tira dessa terrível situação porque nos amou, mesmo sendo nós ainda pecadores.


• Romanos 3:21: O texto mostra que o ser humano poderia cumprir toda a lei e não ser salvo se não tivesse fé que Deus o justifica através de Jesus Cristo.


• Hebreus 11:6: O texto desse livro bíblico relata fatos ocorridos com várias pessoas movidas por um fator em comum: a fé. Elas criam no poder de Deus. Por isso foram até Ele, andaram, viveram e participaram do seu poder.

Fundamento geral da doutrina da justificação: A pessoa humana foi criada à imagem de Deus: santa, pura, misericordiosa, perfeita, incorruptível como o próprio Deus. A ela Deus deu uma lei perfeita, exigindo plena obediência a ela. Mas o ser humano desobedeceu a Deus. O pecado, então, destrói a comunhão com Deus, faz o ser humano decair da graça divina e estar sujeito ao juízo e à ira de seu Criador. Aí está o fundamento da doutrina da justificação: "o juízo veio sobre todos os homens para a condenação". Porém, Deus providencia um meio de reconciliação, mediante o sacrifício do "segundo Adão", nosso representante, Jesus Cristo. Pela redenção que há em Cristo, fica preenchida a condição imposta. Não há mais condenação.


O que é justificação: A clara noção bíblica da justificação é o perdão de pecados. É o ato de Deus Pai, pelo qual, em atenção ao sacrifício de Jesus por nós, mostra sua justiça (ou misericórdia), perdoando-nos os pecados. Estes pecados são cancelados. Cristo tomou sobre si as nossas culpas. Sofreu, imerecidamente, em nosso lugar. Assim, estamos reconciliados com Deus mediante o sangue de Cristo.

Quais são os justificados? Jesus disse que os justos não precisam de arrependimento. Somente aos pecadores cabe o perdão. Deus justifica o pecador de toda espécie e categoria. É para com a nossa injustiça que o Deus perdoador é misericordioso, é de nossa iniquidade que Ele não se lembra mais.

EM QUE TERMOS OU COMO SÃO OS PECADORES JUSTIFICADOS?







Sob uma condição o ser humano pecador é justificado: pela fé. Ele precisa crer naquele que justifica o pecador, pois "aquele que crer não é condenado"pois já "passou da morte para a vida". A fé implica não só na convicção de que Deus reconcilia o ser humano consigo mesmo através de Jesus Cristo, mas também na confiança de que Cristo morreu pelos nossos pecados, já que ele amou a cada um de nós e se entregou ao sacrifício e em nosso lugar. Deus por amor de seu filho, perdoa e absolve o ser humano que até então nada pudera apresentar de bom. O arrependimento, que antecede a fé, é um profundo sentimento da ausência do bem e a consciência da presença do mal. Só a fé traz o bem. Primeiro a árvore se torna boa; depois os frutos se fazem bons.



AS OBRAS DA FÉ


Nenhuma obra, de que excelência for, pode tirar os nossos pecados, nem suportar a retidão dos juizos de Deus. A justificação de nossos pecados se dá pela fé em Cristo Jesus. As boas obras substituem esta atuação de Cristo. As obras para este fim são inúteis (Lc 17:7-10; Rm 27:31). No entanto, uma vez justificados, nossa fé em Cristo é testemunhada em obras (=serviços). Como parte do Corpo de Cristo somos chamados e preparados para dar bons frutos. São estes que revelam a natureza, a profundidade e a extensão da nossa fé.


 OUTROS PONTOS A SEREM CONSIDERADOS:


a) Se as nossas obras, sejam quais forem, buscam no íntimo o louvor e a glória para o nosso próprio nome, ou acúmulo de méritos pessoais, nenhum valor têm, pois não foram feitas no e para o Senhor. Não vêm d'Ele. Ele não as aceita.

b) Nenhum esforço ou empenho feito através das obras (serviço), consegue satisfazer todas as exigências da lei.



c) Não existe contradição entre os ensinos de Paulo e Tiago, em suas colocações sobre a fé e obras. Os ensinos se completam e nos ajudam a reconhecer que a nossa salvação é pela fé e que esta fé se manifesta, se dá a conhecer, em obras de amor.



Não se concebe o cristianismo sem fé e sem obras (o serviço agradável a Deus e ao próximo).


FONTES DE PESQUISA


http://3re.metodista.org.br
http://www.amigodecristo.com


IMAGENS ILUSTRATIVAS

Google

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