Lição 05- A Família e a Ideologia de Gênero

"Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento". Romanos 12.2a

Texto Bíblico Básico: Gênesis 1.26-31;  Gênesis 2.18,22

IDEOLOGIA DE GÊNERO: O ENGODO PÓS MODERNO

Em 2013, foi proposto a introdução da palavra “gênero” no Plano Nacional de Educação (PLC 103/2012), mas que não foi aprovada. O que poderia parecer somente um simples acréscimo terminológico, na verdade esconde uma perniciosa ideologia, chamada de “Ideologia de Gênero”.

A primeira conquista foi em Pequim (1995), na Conferência da ONU sobre a mulher, com um documento final que estabelecia uma série de pautas para implantar a ideologia. Desde então esta ideologia está se infiltrando cada vez mais nos costumes e na educação. Reitero novamente, a ideologia de gênero reinterpreta a história sob uma perspectiva neomarxista, em que a mulher é identificada com a classe oprimida e o homem com a opressora. O matrimônio monógamo é a síntese e expressão do domínio patriarcal. Toda diferença é entendida como sinônimo de desigualdade, e portanto é preciso acabar com ela. O antagonismo se supera com a luta de classes.

Apesar de ser uma invenção dos últimos 20 anos, essa ideologia solidificou-se na cultura global de tal maneira que afeta a compreensão da família, repercute na esfera política e legislativa, no ensino, na comunicação social e na própria linguagem corrente.

As expressões "gênero" ou "orientação sexual", referem-se a uma ideologia que procura encobrir o fato de que os seres humanos se dividem em dois sexos. Esta corrente ideológica afirma que as diferenças entre homem e mulher, além das evidentes implicações anatômicas não correspondem a uma natureza fixa, mas são produtos de uma cultura, de um país ou de uma época. Assim, as pessoas que adotam o termo "gênero", insistem na necessidade de desconstruir a família, o matrimônio e a maternidade, e deste modo, fomentam um estilo de vida que incentiva todas as formas de experimentação sexual desde a mais tenra idade. Esta é a ideologia de gênero.

A IDEOLOGIA DE GÊNERO E A FAMÍLIA

      Segundo esta ideologia, os papéis entre homens e mulheres, dentro do contexto do matrimônio e da família, devem ser substituídos por relações sexuais física e psicologicamente versáteis e que não obedecem uma ordem da natureza e dignidade que lhes é própria. Segundo essa teoria ideológica os dois sexos – masculino e feminino – são considerados construções culturais e sociais, de modo que, embora existindo um sexo biológico, cada pessoa tem o direito de escolher o seu sexo social (gênero). Seus adeptos querem ensinar às crianças que elas, socialmente falando, não são homens ou mulheres, mas podem escolher qualquer opção sexual que quiserem. Para os seus defensores, quando a criança nasce ela não deve ser considerada do sexo masculino ou feminino, mas somente uma pessoa do gênero humano, que depois fará a escolha do seu próprio sexo. Ao mesmo tempo, a Ideologia de Gênero ensina que a família, sempre considerada pela humanidade de todos os tempos como lugar autêntico onde se transmite as formas fundamentais de ser pessoa humana, passa a não ter um formato pré-estabelecido pela natureza, pois a construção do gênero despreza as diferenças dos sexos e as bases, tanto biológicas quanto psicológicas, da complementariedade entre o homem e a mulher. Assim sendo, a criança e o adolescente perdem os referenciais éticos e antropológicos da construção da própria identidade e passam, arbitrariamente, a construir-se e definir-se como lhe agrade, refletindo um subjetivismo relativista levado ao extremo e negando o significado da realidade objetiva.

Em síntese, a Ideologia de Gênero ensina que não existem diferenças naturais entre homens e mulheres. Desta forma, a referida ideologia legitima propostas estranhas como o banheiro unissex para meninos e meninas nas escolas e universidades.“O ideólogo usa fachadas para esconder suas reais intenções. Ele nunca é sincero. No caso da Ideologia de Gênero, fazem uma conexão forçada com direitos de minorias. Na verdade, é apenas uma ideologia sem base científica que pretende desconstruir a família”, afirmou Felipe Nery, presidente do Observatório Interamericano de Biopolítica. Felipe Nery destaca que a Ideologia de Gênero vem reforçar o relativismo que, gradualmente, nos levará ao vale-tudo da sexualidade. A pedofilia, lembrou o acadêmico, já começou a ser chamada por progressistas em outros países de “amor entre gerações”.

A igualdade entre homem e mulher é um dos maiores direitos da pessoa humana. Na Ideologia de Gênero, porém, não se trata de igualdade de diretos, mas do próprio nivelamento de qualquer diferença, inclusive a diferença biológica entre homem e mulher. Infelizmente, a maioria das pessoas, os pais principalmente, desconhecem o que significa o conceito “gênero”, a ideologia que está por detrás dele e as consequências que podem produzir na educação das crianças e dos adolescentes – confusão nas crianças, uso comum dos banheiros, promiscuidade, gravidez na adolescência, perda da autoridade paterna sobre a educação sexual dos filhos, impedimento do ensino da moral cristã mesmo nas escolas confessionais, etc. Um olhar crítico seria suficiente para verificar a não plausibilidade de tal ideologia, como prova o norueguês Harald Eia, formado em Ciências Sociais, em uma série de programa televisivos por ele dirigida chamada “Brainwash” (Lavagem cerebral), onde demonstra a inconsistência e não razoabilidade da Ideologia de Gênero.

A ideologia de gênero pretende obrigar a aceitar com naturalidade aquilo que é antinatural. Tal ideologia distingue o sexo, que é um dado biológico e natural, do gênero, que é uma mera construção social. Se as meninas brincam de boneca, não é porque tenham vocação natural à maternidade, mas por simples convenção social. Embora só as mulheres possam ficar grávidas e amamentar as crianças e embora o choro do recém-nascido estimule a produção do leite materno, a ideologia de gênero insiste em dizer que a função de cuidar de bebês foi arbitrariamente atribuída às mulheres. E mais: se as mulheres só se casam com homens e os homens só se casam com mulheres, isso não se deve a uma lei da natureza, mas a uma imposição da sociedade (a “heteronormatividade”). O papel (gênero) de mãe e esposa que a sociedade impôs à mulher pode ser “desconstruído” quando ela decide, por exemplo, fazer um aborto ou “casar-se” com outra mulher. Nem todos compreendem a importância e a extensão do problema. Caso a ideologia de gênero seja implantada no Brasil, como já está sendo feito, isso significaria a permissão de toda perversão sexual (incluindo o incesto e a pedofilia), a incriminação de qualquer oposição ao homossexualismo (crime de “homofobia”), a perda do controle dos pais sobre a educação dos filhos, a extinção da família e a transformação da sociedade em uma massa informe, apta a ser dominada por regimes totalitários.

REFUTAÇÃO CIENTÍFICA: 

Comportamento aprendido ou diferenças genéticas? Pode-se dizer, portanto, que há distinções entre os sexos. Mas serão essas distinções aprendidas ou genéticas? Apesar do ambiente social ter influência, existe uma lista enorme de estudos científicos que ressalvam a enorme e significativa importância das diferenças biológicas entre os sexos. A Scientific American sumarizou a questão muito bem num artigo em torno do cérebro masculino e do cérebro feminino. Isto é que eles escreveram: Durante a década passada, os investigadores documentaram uma surpreendente quantidade de variações [=diferenças] estruturais, químicas e funcionais entre o cérebro masculino e o feminino.  Analisemos um certo número projetos de pesquisa que demonstram que a genética encontra-se por trás de muitas das diferenças entre os sexos que podemos observar. Podemos começar na Suécia com Arne Müntzing, geneticista e professor de hereditariedade.

Ainda em 1976 ele estudou bebés com 12 semanas, que dificilmente poderiam ter sido influenciados pelos papéis de gênero [inglês: “gender roles”], e observou diferenças essenciais no comportamento dos rapazes e das moças. Müntzing escreveu: "Os rapazes ganham muito cedo um melhor entendimento da espacialidade, a posição dos corpos em relação aos outros. Esta é provavelmente a razão que leva a que, mais tarde, os rapazes se interessem mais que as moças em construções técnicas e problemas matemáticos".

As mulheres, por outro lado, buscam os problemas segundo um ângulo humano. Não é só o meio ambiente que leva a que as meninas coloquem os soldados de chumbo numa cama de algodão de modo a que eles estejam confortáveis e bem aquecidos. 

No ano de 1999 a estudante de doutoramento Anna Servin – Instituto de Psicologia da Universidade de Uppsala – levou a cabo um estudo em 300 crianças. Este projeto foi feito em cooperação com pesquisadores e médicos do Hospital Huddinge Hospital. Servin detectou claras diferenças comportamentais presentes já aos 9 meses, diferenças essas que, posteriormente, aumentaram com o passar do tempo. Ela escreveu na sua tese que é a quantidade de andrógenos (hormonios masculinos) que determina o comportamento da criança, incluindo coisas como o tipo de brinquedos com os quais a criança quer brincar. Esta é a forma como Anna Servin sumarizou as diferenças comportamentais entre os rapazes e as mulheres e a forma como estas características influenciam a escolha de brinquedos: "De modo geral, os rapazes possuem uma aptidão espacial; eles vêem e entendem como os vários tipos de construção funcionam e ficam mais satisfeitos com brinquedos de construção". "As meninas são melhor equipadas verbalmente e possuem um interesse maior nos relacionamentos. Como tal, escolhem brinquedos que estão de acordo com estas habilidades".

A PALAVRA DE DEUS ADVERTE

"Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro. E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm; estando cheios de toda a iniquidade, fornicação, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade; sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais e às mães; néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia; Os quais, conhecendo o juízo de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem." Romanos 1:25-32

LEIA MAIS:

Associação de Pediatria dos Estados Unidos declara -se formalmente contra a ideologia de gênero


FONTES DE PESQUISA

http://www.catedralgo.com.br/index.php/midias/noticias/244-o-que-e-ideologia-de-
http://aquieuaprendi.blogspot.com.br/2015/06/ideologia-de-genero-entenda-o-que-e-isso.html
http://portalconservador.com/a-insercao-da-ideologia-de-genero-depois-do-plano-nacional-de-educacao/


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